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... surgiu de uma necessidade imensa de falar... de escrever o desespero que vai no coração de uma mãe que tem esse longo trabalho a frente, de descobrir o que diferencia seu filho dos demais, de aceitar o que a alma não quer ver, contar dores e medos que escondo até de mim mesma... de escrever o que penso, de falar baixinho coisas que gritam aqui dentro no coração. Entre e fique á vontade, comente e ajude e a mim e a outras mamães que podem estar vivendo algo semelhante.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Hoje => 28/07/2014



Desde a consulta com a neura ando amargurada. 
Não consigo desligar meu pensamento desse assunto. 
Não durmo direito á noite (tenho pesadelos, perco o sono), ás vezes aceito e na maioria das vezes brigo com Deus. 
Porque? 
Porque com o Samuel?

Meu marido ainda não aceita. Briga muito comigo, me ironiza, debocha de mim – diz que eu sou exagerada e que ele só tem 3 anos. 
Mas ele percebe as diferenças ás vezes até comenta comigo, mas na maioria das vezes não. 
Na festa do Pedro (meu filho mais novo que completou 1 ano no dia 25/07) o Samuel ficou o tempo todo na agitação de sempre, querendo brincar deitado no chão e na hora do Parabéns - fiquei bem triste e acho que todos perceberam... ele ficou assustado, não quis vir pra mesa conosco cantar parabéns pro Pedro, disse algumas coisas sem sentidos e gritou, chorou.. então a avó o segurou perto da mesa e prosseguimos com o parabéns sem ele. 

Tive muita vontade de chorar, de falar para meu esposo, é disso que estou falando, mas me calei. Engoli o choro porque era dia de festa e o Pedro se divertiu, sorriu por diversas vezes na hora do Parabéns e de tão cansadinho, logo adormeceu. 
Não posso punir mais o Pedro, já me culpo muito por achar que damos muito mais atenção ao Samuel que ele. Arrisco dizer ainda que o Samuel requer mais cuidados aos 3, 5 anos que o Pedro com 1. 

O estranho e mais dolorido é dizer que agora olho pro Samuel com outros olhos. 
Não queria dizer o que vou dizer porque tenho até vergonha disso: mas parece que sinto dó dele.
Muita compaixão e dó. Tenho vontade de abraça-lo, beija-lo e dizer que entendo, que não vou mais brigar tanto para que não fique brincando deitado no chão, ou questionando as coisas sem sentido que ele fala, vou aceita-lo e ama-lo.
Só isso. Uma saudade sem sentido. Medo de fazê-lo sofrer. 

Peço pra Deus acalmar meu coração e pra não deixar o Samuel sofrer. 
Tenho medo das crianças/ pessoas fazerem mal a ele pois é muito inocente. 
Tenho medo de gozarem das coisas sem sentido que ele fala, de seu comportamento, dos movimentos que ás vezes faz com as mãos e de querer ficar brincando deitado no chão.

Deus, ajude-me a SOBREVIVER a isso tudo.

Perguntas que não saem da minha cabeça:
E quando eu morrer, quem cuidará dele?
E por mais que alguém o faça, terá o mesmo amor e paciência que eu?
Como atenderá todas as necessidades especiais dele, e que serão únicas? 

Aceito comentários e ajuda de todos os tipos.

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